sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CARTA ABERTA AO POVO DO MARANHÃO

Estamos próximos do dia 05 de outubro, data do primeiro turno das eleições no Brasil, no ano de 2014. Este, como os outros, é um importante momento em que a sociedade e o Estado conclama os cidadãos para decidir os rumos do país e dos estados brasileiros. É agora que o cidadão tem tudo para virar o jogo, dizer não à miséria, à fome, à violência que atingem, diretamente, a todos os cidadãos no País. No Maranhão, em vista os últimos acontecimentos, como, por exemplo, fugas do principal complexo penitenciário do Estado, o de Pedrinha, queima de ônibus, assaltos, tráfico, só para mencionar alguns dos problemas que nossa segurança pública passa, esse momento é vital, visto a situação histórica, social e econômica que o Maranhão carrega como um fardo pesadíssimo por longos 40 anos.
Nesse sentido, é válido lembrar que o Maranhão ostenta ainda consigo alguma títulos vergonhosos que, no que parece, o povo que vive no Estado maranhense não se envergonha muito ou se sente pouco incomodado: tais títulos revelam uma prática política digna de estados medievais, como os feudos da idade média, ou ainda, verdadeiras ditaduras, como a da Venezuela e a de Cuba. 
O titulo de última morada das oligarquias, ou, o estado mais pobre da federação (embora viva numa eterna disputa com o Piaui pelo vergonhoso título) revelam um atraso escabroso que alimenta uma máquina assassina, desigual e insaciável. O Maranhão, em pleno século XXI, mesmo com o governo bradando que houve profundas mudanças sociais e econômicas no País, ainda apresenta níveis desumanos de miséria e subdesenvolvimento, contrastando com o quadro de família de propaganda de margarina que o governo apresenta em sua campanha. Insalubridades, valas sujas, escolas depredadas, uma política de ensino que alimenta números estatísticos cooperam para um quadro que se arrasta por séculos no Estado: um feudo onde o Brasil mostra sua cara mais real e mortal, o lugar onde a corrupção se faz sentir por marcas doloridas de falta de assistência do Estado. E o que falar da miséria dos barracos, mendigos e ruas desgastadas? Os Aluguéis sociais na capital não dão conta de mascarar os barracos que se escondem no continente, onde, por certo, famílias passam fome, morrem de cólera e brincam de ir pra escola aprender. Enfim, as situações apresentadas aqui são uma realidade atual, não estamos falando de séculos passados, como, para alguns desavisados, pode parecer.
No entanto, o Estado está mais uma vez diante de um momento importante, que é a mudança de uma politica escabrosa, burra e perigosa, política essa que, em troca dos luxos que o poder oferece ao representantes do povo, é capaz de inventar histórias mirabolantes e golpes de Estados surpreendentes. O povo maranhense tem que despertar, sair da incômoda situação de inércia e de achar que não tem nenhuma culpa diante do quadro que se apresenta. Apelo ao povo do meu estado que não votem nos candidatos que são apoiados pela oligarquia Sarney, vamos Maranhão, mostra pra essa família que não queremos mais, estamos cansados de viver nessa situação, vamos mostrar para o Brasil que não é povo que quer essa situação, não é povo que vota nessa oligarquia. Saíamos de nossas redes sociais e forcemos uma luta corpo a corpo contra a miséria, a corrupção, a falta de saneamento básico, alimentação desnutrida, falta de assistência médica-hospitalar, vamos ensaiar e bradar nas urnas eletrônicas um sonoro NÃO aos 40 anos de vantagem que o Clã Sarney tem sobre nós, digo, mais de 40 anos tirando vantagem de nossa ingenuidade política, fruto de uma política educacional viciante. 
Sonho com um estado rico, onde não necessitemos sair para encontrar coisas melhores, educação melhor, profissionais melhores, sistema de saúde melhor, sonhamos com um dia não precisar passar anos longe de nossa terra, de nossa natureza, de nossas comidas e nossa cultura que é parte de cada um de nós. Vamos, Maranhão, não deixa essa chace passar, vamos lutar, porque é o que nos resta.